Áudio rende novo pedido de CP contra o prefeito de Birigui

A Câmara de Birigui recebeu nesta terça-feira (18), mais um pedido de instauração e CP (Comissão Processante) contra o prefeito Leandro Maffeis (Republicanos), o sexto em pouco mais de dois anos e meio de mandato.
Desta vez, a solictação é para que se apure possível crime de responsabilidade do prefeito, com base em audio que e atribuído a ele, se referindo a um “Gabinete do Ódio” . Esse áudio começou a circular nas redes sociais no último domingo (16) e foi postado na pagina do Facebook do vereador Marcos Antônio dos Santos, o Marcos da Ripada.
A reportagem encaminhou e-mail à Prefeitura na segunda-feira (17) perguntando se o prefeito se manifestaria sobre esse áudio, mas não houve resposta.
O pedido de CP é assinado pelos advogados César Augusto Silva Franzói, Juliana Galera de Lacerda, Milton Walcinir de Lima e Tiago da Silva Arielo, além do munícipe Gabriel Belortti Roldão. Nele, é transcrito o áudio:
O grupo explica que o Gabinete do Ódio ficou conhecido em 2021, por ser alvo de investigações por suspeita de que haveria um grupo de assessores que trabalhava no Palácio do Planalto, no governo Jair Bolsonaro (PL), que difundiria desinformações e atacaria adversários políticos do então presidente.
O pedido de investigação cita ainda que pessoas que solicitaram abertura de CP anteriormente contra o prefeito de Birigui, que é seguidor de Bolsonaro, sofreram ataques pessoais por meio de contas “fakes” no Facebook ou até mesmo contas reais. Cópias desses supostos ataques foram anexadas aos pedido de instauração da CP.
O grupo cita ainda que a após o áudio que seria do prefeito ser divulgado e circular em um grupo do aplicativo WhatsApp, um dos integrantes desse grupo teria demonstrado ter mais informações sobre a mensagem. Essa mesma pessoa teria tentado ofender o responsável pelo compartilhamento do áudio, segundo a representação.
Responsabilidades
Os autores do pedido de investigação citam que a conduta do prefeito de Birigui a ser apurada configura possível infração político-administrativa, sendo de competência da Câmara investigar e punir os responsáveis, caso realmente haja um Gabinete do Ódio liderado pelo Chefe do Executivo.
Por fim, consta no pedido de investigação que se confirmando a autoria do áudio, se comprovaria grave afronta aos princípios implícitos da soberania do interesse público contra o privado e indisponibilidade dos bens públicos, “bem como princípios explícitos da impessoalidade, moralidade e outros princípios que atentem contra a administração pública, bem como crimes, em tese, de associação criminosa, advocacia administrativa, concussão e outros”, finaliza .
Recesso
A reportagem entrou em contato com a Câmara, que está em período de recesso parlamentar. Assim, a leitura do pedido deve ser lido na primeira sessão ordinária do segundo semestre, na primeira terça-feira de agosto.
A reportagem também encaminhou e-mail à assessoria de imprensa da Prefeitura, que não respondeu se o prefeito irá se manifestar a respeito.