CPF na farmácia: quais os perigos de fornecer seus dados
Quando você faz compras na farmácia, é comum que os atendentes perguntem seu CPF para consultar os descontos disponíveis para você naquele dia. Acontece que essa prática pode ser perigosa, tanto para o consumidor quanto para as próprias farmácias. Acompanhe!
Uso de dados pessoais no setor farmacêutico
Em maio desse ano, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão responsável pela fiscalização da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e vinculado ao Ministério da Justiça, compartilhou uma nota técnica sobre o tratamento de dados pessoais no setor farmacêutico.
Desde o ano de 2020, a ANPD tem monitorado de perto o tratamento de dados pessoais em farmácias e, em resposta a denúncias de titulares, determinou a realização de estudos exploratórios sobre esse assunto pela Coordenação-Geral de Tecnologia e Pesquisa (CGTP).
As principais conclusões do estudo revelaram que algumas práticas de tratamento de dados pessoais ainda não estavam em conformidade total com a legislação. Isso inclui o tratamento de dados pessoais para finalidades diferentes daquelas informadas aos titulares, bem como indícios de coleta excessiva de dados pessoais, inclusive dados pessoais sensíveis, sem informações claras sobre como esses dados são tratados.
Por que pedem o CPF no momento da compra na farmácia?
Quando nos deparamos com a solicitação do CPF na hora da compra, é natural questionarmos o motivo dessa prática. A inclusão do Cadastro de Pessoa Física no sistema das farmácias está relacionada, principalmente, ao programa de fidelidade oferecido por esses estabelecimentos.
Ao informar o CPF, o cliente pode acumular pontos e obter descontos futuros. Além disso, o CPF também é utilizado para evitar fraudes e controlar a venda de medicamentos controlados.