Relatório da CPI que pede indiciamento de Ronaldinho Gaúcho é entregue ao ministro da Justiça

 Relatório da CPI que pede indiciamento de Ronaldinho Gaúcho é entregue ao ministro da Justiça

 

Entrega ocorreu na tarde desta terça-feira, em evento que contou com a presença do presidente da CPI das Pirâmides Financeiras, Áureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), e o relator da comissão, Ricardo Silva (PSD/SP)

O relatório da CPI das Pirâmides Financeiras, que foi realizada na Câmara dos Deputados, e que pede o indiciamento de Ronaldinho Gaúcho e o irmão dele, Assis, foi entregue hoje ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB/MA). O texto afirma que os ex-jogadores cometeram estelionato por meio de uma empresa de comercialização de criptomoedas, que deixou investidores no prejuízo.

— Não é nada fácil para nós, deputados, fazer o indiciamento de uma pessoa tão querida e famosa em campo como o Ronaldinho Gaúcho. Mas nós nos deparamos com uma situação de milhares de pessoas lesadas por um esquema criminoso que ele fez propaganda. Mais do que isso, além de fazer propaganda, o Ronaldinho Gaúcho era anunciado pela 18K Ronaldinho como sócio-fundador dessa empresa toda — afirmou o relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD/SP).

No fim de agosto, Ronaldinho Gaúcho prestou depoimento à comissão e negou ser sócio da empresa. O ex-jogador afirmou que teve a imagem usada indevidamente e que o contrato assinado por ele previa apenas a cessão de direito de imagens para a comercialização de relógios.

A empresa investigada pela CPI prometia rendimentos diários de 2%, com ganhos que poderiam chegar a até 400% por mês. As contas dos investidores, entretanto, foram fechadas sem que os valores fossem pagos, deixando um rastro de prejuízo.
Após a solenidade desta terça-feira, o ministro Flávio Dino evitou dar prazos para que medidas concretas contidas no relatório sejam adotadas. Ele, no entanto, garantiu que os 45 pedidos de indiciamento serão entregues ainda nesta terça-feira para que possam ser analisados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

— A partir dessa velocidade que o relatório da CPI propicia, nós vamos ter uma questão de meses à conclusão de alguns desses procedimentos. É claro que serão muitos, porque são 45 indiciamentos feitos pela CPI e isso terá desdobramentos. Afirmo que os primeiros resultados serão em meses. Claro que casos mais complexos demandarão investigações complementares mais longas da Polícia Federal para envio ao Ministério Público (Federal) — frisou o ministério.

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