Advogado diz que acusado de matar palmeirense nega ter admitido arremesso de garrafas
Leonardo Felipe Xavier Santiago está preso em flagrante pelo assassinato de Gabriela Anelli; delegado afirmou que flamenguista confessou participação em conversa informal com a polícia
O torcedor do Flamengo acusado de matar a palmeirense Gabriela Anelli nega que tenha admitido à polícia que atirou uma garrafa durante uma briga entre as duas torcidas no sábado à noite, no Allianz Parque, onde as equipes se enfrentaram pelo Brasileiro.
Seleção sportv acompanha velório de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras que morreu após confusão no Allianz Parque
Segundo o advogado Renan Bohus, que assumiu a defesa de Leonardo Felipe Xavier Santiago, o flamenguista sustenta o que já tinha dito em depoimento ao ser preso em flagrante: que atirou pedras de gelo em torcedores adversários.
Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo preso após morte de garota — Foto: Reprodução
– Eu falei com o Leonardo agora de manhã e ele nega que tenha atirado ou que tenha dito que atirou uma garrafa – declarou Renan.
A informação de que Santiago havia admitido ter jogado garrafas foi dita pelo delegado César Saad, responsável pela investigação, em entrevista coletiva na última segunda-feira. O policial reforçou o discurso nesta terça.
– No momento da prisão do autor, ali informalmente, ele confessa que ele estava na briga, que estava na confusão e que teria arremessado coisas na direção da torcida do Palmeiras. Ele fala: “eu arremessei, eu joguei a garrafa” – declarou Saad nesta terça, de acordo com o g1.
César Saad, delegado da Delegacia de Repressão aos Delitos Esporte (Drade) — Foto: Victor La Regina
– Depois, na delegacia, quando estava sendo autuado, ele já sabendo do estado grave da Gabriela, no interrogatório diz que arremessou pedras de gelo. O que é importante é que as provas testemunhais validaram, foi importantíssimo, foi fundamental pra decisão da prisão em flagrante dele, e isso foi validado pelo poder judiciário – acrescentou o delegado.
Gabriela, de 23 anos, foi atingida no pescoço pelos estilhaços de uma garrafa que lhe causaram um grave ferimento. Ela foi atendida e hospitalizada, mas não resistiu e morreu na segunda-feira.