Depoimento de Cid dura mais de 7 horas, e colaboração com a investigação avança

Cid, pai e Wassef falaram à PF sobre joias; Bolsonaro e Michelle se calaram. A PF optou por ouvir todas as oito pessoas intimadas ao mesmo tempo nesta quinta para comparar versões e evitar que depoentes combinassem o que dizer.

O depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, já dura mais de sete horas nesta quinta-feira (31) na Polícia Federal.
Segundo a apuração, a colaboração de Mauro Cid avançou depois dos interrogatórios desta quinta. Ele e o pai foram confrontados e questionados sobre informações extraídas dos celulares do próprio general e de Wassef. Além de outros indícios colhidos na investigação e apresentados — especialmente — ao ex-ajudante de ordens.

O escândalo das joias sauditas levou o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle e integrantes do núcleo mais próximo da gestão Bolsonaro à Polícia Federal.

A PF tenta esclarecer o suposto esquema de desvio de joias luxuosas recebidas em viagens ao exterior — e que fazem parte do patrimônio da União. Ainda de acordo com a apuração, os depoimentos aconteceram em salas separadas e celulares foram proibidos.
Os investigadores já têm em mãos mais detalhes das negociações ilegais e agora se aprofundam nos destinatários do dinheiro obtido com a venda das joias.
Segundo as fontes, o inquérito reúne ainda mais informações e provas robustas sobre o envolvimento dos investigados nas negociações e sobre o caminho do dinheiro dentro e fora do Brasil. A investigação empareda o ex-presidente Bolsonaro, segundo as mesmas fontes.
Com autorização judicial, novas diligências estão sendo feitas — tudo sob o mais absoluto sigilo para não comprometer a etapa final das investigações. Etapa esta que envolve cooperação internacional de autoridades americanas.

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