Justiça de SP aceita denúncia e três se tornam réus por morte de PM da Rota no litoral de SP

Decisão determinou prisão preventiva dos 3 réus. Além de homicídio, homens responderão por crimes relacionados ao tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Segundo promotores, a condenação pode representar uma pena de até 65 anos de reclusão.
Inquérito confirmou Deivinho (à esquerda) como autor do disparo que matou o PM (ao centro). Kauã também é acusado de participar do crime. — Foto: Polícia Civil e Reprodução
A Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira (8) a denúncia do Ministério Público contra três homens pelo homicídio do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, no Guarujá, no litoral de São Paulo.
A decisão da 1ª Vara Criminal do Guarujá saiu um dia depois da denúncia foi oficializada pelo MP, após a Polícia Civil finalizar o inquérito sobre o caso.
O policial da Rota estava em patrulhamento na comunidade Vila Júlia, no dia 27 de julho, quando foi baleado próximo ao tórax. Ele chegou a ser atendido no Pronto Atendimento da Rodoviária (PAM), mas não resistiu. Um outro policial foi baleado na mão esquerda, mas foi liberado após ser atendido em um hospital da região.
O inquérito realizado pela Polícia Civil confirmou que Erickson David da Silva, o Deivinho, foi o autor do disparo que matou o PM. Ele foi identificado como o ‘segurança’ de um ponto de venda de drogas conhecido como Biqueira de Seringueira.
Ainda segundo o documento, a Polícia Civil concluiu que Marco de Assis Silva, conhecido como Mazaropi, e Kauã Jazon da Silva, irmão de Deivinho, estavam no local em que o crime ocorreu e não tomaram nenhuma atitude para conter a ação do Deivinho.
Na decisão, a Justiça manteve a prisão de Marco Antonio e pediu a preventiva dos réus Erickson e Kauã.
Além de homicídio, os homens devem responder por crimes relacionados ao tráfico de drogas e pela prática de tentativa de homicídio contra três outros agentes, que estavam na direção dos disparos durante a incursão da Polícia Militar na área.
Kauã e Erickson estão sem advogados.