Moradores entram no quarto dia sem água em Birigui

 Moradores entram no quarto dia sem água em Birigui

Prefeitura afirma que a troca da bomba do poço profundo Nove de Julho foi concluída na tarde de sábado, mas há necessidade de tempo para bombeamento

Moradores em Birigui (SP) estão procurando a reportagem, relatando que estão sofrendo com a falta de água desde a tarde de sexta-feira (22), quando ocorreu um problema com uma bomba do poço profundo Nove de Julho. Em nota na manhã desta segunda-feira (25), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente afirma que “continua trabalhando ininterruptamente para restabelecer o abastecimento de água em toda a cidade de Birigui”.

Sobre a produção desse poço profundo, que é administrado pela empresa Aquapérola, a Prefeituta afirma que ela foi normalizada no sábado à tarde. “No entanto, existe um tempo hábil para que o bombeamento seja efetivo para todas as ligações”, informa a nota.

Ainda de acordo com a Prefeitura, essa etapa está sendo comprometida pelo consumo excessivo registrado nos últimos dias, devido a onda de calor que tomou conta da região, elevando as temperaturas para mais de 40 graus e reduzindo a umidade do ar a níveis muito baixos.

Segundo a administração municipal, a Prefeitura está usando caminhões-pipas para levar água potável aos reservatórios das regiões mais altas da cidade. Porém, informa que com a previsão de que as temperaturas continuarão elevadas nos próximos dias na região, a população deve continuar ajudando economizando água, priorizando atividades imprescindíveis para o dia-a-dia até que a situação possa ser normalizada.

A reportagem foi procurada por uma moradora no condomínio Parque Bosque dos Girassóis, que afirma que desde sexta-feira não há água no apartamento dela.  “A falta de água vem desde sexta-feira. A Prefeitura fica passando que já está consertado, que está vindo, mas são 800 apartamentos sem água desde sexta-feira. A gente liga na Prefeitura e fica aquele jogo de empurra-empurra e ninguém dá uma solução” , argumenta.

Essa moradora informa que trabalha fornecendo lanches e ficou impedida de executar o serviço no final de semana, deixando de arrecadar e ainda tendo prejuízo com alimentos que têm prazo de validade e não poderão ser utilizados.

A reportagem também falou com a síndica desse condomínio, que informou que o residencial possui 496 apartamentos e aproximadamente 1.500 moradores. “É maior que qualquer bairro”, informa.

Ainda de acordo com ela, a Prefeitura enviou um caminhão-pipa com 10 mil litros de água no sábado e dois caminhões com 10 mil litros cada no domingo, quantidade que seria irrisória diante da demanda local, que seria de no mínimo 100 mil litros de água.

“O que mandaram para nós é pouquíssimo, tanto que essa pouca água sequer chegou a alguns apartamentos mais altos, porque não tem pressão suficiente. A situação está desumana”, afirma.

O questionamento feito pela síndica é que ao entrar em contato com a Prefeitura, sempre há promessa de que a situação será normalizada, mas isso não acontece. “Sábado a noite me garantiram que teria água domingo de manhã. Ontem passaram o dia todo dizendo que iria normalizar, a pressão chegou a subir, começou a encher a caixa, mas reduziram a pressão novamente” , informa.

A síndica explica que ontem à noite recebeu mensagem confirmando de que dentro de 50 minutos o condomínio receberia água e acreditou que durante a madrugada seria possível encher o reservatório para uso pela manhã.

“Foi aí que começou o desespero: zero pressão de água. Menos água do que no sábado e no domingo; a situação só piorou. A pressão chegou a subir um pouquinho de manhã, mas caiu de novo. Agora fui obrigada a contratar dois caminhões particulares, porque não me dão resposta sequer sobre abastecimento com caminhão-pipa”, informa.

 

Fonte: Hojemais

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